- O liberalismo político, triunfante em quase todos os Estados europeus no século XIX, instituiu um novo tipo de sociedade, baseado na igualdade jurídica de todos os cidadãos perante a lei, no respeito pelos direitos naturais dos homens e pela liberdade individual em todos os sectores. Este novo tipo de sociedade – a que se convencionou dar o nome de sociedade de classes – aceita como únicas diferenças as resultantes do poder económico, das capacidades individuais e da profissão de cada um. Admite, deste modo, a mobilidade ascensional e descensional. O nascimento perde importância como critério de diferenciação social, como acontecia na sociedade de ordens do Antigo Regime.
Esta sociedade de classes encontrava-se dividida em três estratos: classe alta (associada à alta burguesia, a grande burguesia empresarial e financeira); as classes média; a classe baixa (o proletariado).
- A alta burguesia (grupo relativamente homogéneo) ocupava-se de actividades industriais e comerciais, assim como de financeiras e políticas. As Revoluções Agrícola e Industrial e o triunfo do Liberalismo proporcionaram a esta burguesia o poder económico e político.
Na primeira metade do século XIX, caracteriza-a um estilo de vida e valores culturais que se aproximam da velha aristocracia nobiliárquica. Leva uma vida mundana e aparatosa, da se destaca a organização de bailes e grandes recepções. Vive em residências apalaçadas, no campo ou na cidade, veste-se com elegância e de acordo com a moda, possui imensa criadagem, cultiva as aparências e preocupa-se com a reputação.
Progressivamente, esta alta burguesia vai ganhando consciência de classe, que a distancia quer da antiga aristocracia quer das classes inferiores suas contemporâneas. Afirma os seus próprios valores e comportamentos: o gosto pelo trabalho, a preocupação em poupar, a valorização do esforço pessoal, a importância dada à família e à educação vão-se impondo.
Apesar da imagem divulgada do self made man, era da burguesia que nascia a nova burguesia (o que constituía um entrave à igualdade de facto). O investimento na educação dos filhos, a transmissão dos bens familiares e a constituição de redes de solidariedade familiar levaram à formação de autênticas dinastias burguesas.
- Situação intermédia entre a classe dominante e as massas populares rurais ou urbanas, as classes médias eram, no século XIX, ainda muito incipientes (não obstante a sua contínua proliferação dos países desenvolvidos).
Caracterizada por uma profunda heterogeneidade (e daí preferir-se utilizar o plural, classes médias), era composta por pequenos comerciantes, empregados de loja, profissionais liberais (médicos, advogados, engenheiros, etc.) e funcionários ao serviço das empresas ou do Estado (os chamados colarinhos brancos).
Conservadoras e puritanas, as classes médias proliferam com o surto urbano e o consequente aumento do sector terciário (comércio e serviços ligados à educação, aos transportes, ao saneamento, etc.), assim como com o alargamento da instrução (a escolaridade primária obrigatória e gratuita torna-se algo comum nos países industrializados).
Orientam os seus comportamentos um conjunto de “virtudes públicas e domésticas”: são as defensoras dos “bons costumes”. O trabalho e a família são considerados os bastiões da sociedade. Defendem uma moral rígida, a ordem e a segurança públicas e demonstram respeito pelas convenções e pelas hierarquias. Procuram imitar os padrões de comportamento da alta burguesia e cultivam as aparências. Temem perder o emprego, mostram desconfiança em relação às classes populares e receiam a proletarização.
- A classe baixa (o proletariado), era o grupo social constituído por aqueles que tinham como único meio de subsistência a venda da sua força de trabalho, visto não terem acesso económico à propriedade.
A redução dos trabalhadores à condição de proletários foi uma consequência das transformações operadas no processo produtivo, agrícola e industrial, sob o signo do liberalismo económico e do capitalismo industrial. Assim, foi a industrialização, com o estabelecimento de grandes indústrias onde se implementaram as novas formas de racionalização do trabalho, que gerou a desvalorização da mão-de-obra e o surgimento do operariado proletário.
Usufruindo salários de miséria, porque submetidos à lei da oferta e da procura, os operários possuíam geralmente famílias numerosas (a prole), que viviam em precárias condições de habitação (nos subúrbios), onde a miséria, as doenças, a delinquência e o desregramento moral grassavam. Por sua vez, a insalubridade nas fábricas, os acidentes frequentes, o horário que rondava as 16 horas diárias, o desemprego constante agravado pela inexistência de mecanismos de apoio adequado e a exploração da mão-de-obra feminina e infantil constituíam condições de trabalho desumanas, marcadas pela exploração desenfreada da mão-de-obra.
- As precárias condições de vida e de trabalho do proletariado, fizeram emergir no seio dos operários a consciência colectiva da exploração a que se encontravam submetidos por parte da burguesia, e a ideia de que a reposição da justiça teria de ser conseguida através de um esforço de organização dos próprios operários – surgia assim o movimento operário.
De início, este movimento operário assumiu um carácter associativista, com a criação de organizações mutualistas de operários, de socorros mútuos. Posteriormente, o movimento assumiu uma feição mais violenta com o luddismo (destruição de máquinas, de fábricas e de outros bens do patronato). A insuficiência destas acções levou à formação de sindicatos, o instrumento de organização da classe operária por excelência, responsáveis pela realização de acções conscientes de reivindicação e de luta (negociações, manifestações, boicotes, greves).
- Um passo decisivo para a afirmação do movimento operário foi dado pelo aparecimento das doutrinas socialistas e pela sua articulação com os partidos políticos.
Na realidade, após as primeiras tentativas mais ou menos inconsistentes em torno da criação de cooperativas de produtores independentes, da extinção do Estado e da exploração do homem pelo homem (socialismo utópico: Proudhon, Saint-Simon, Robert Owen, Fourier), o socialismo científico ou marxista (Karl Marx, F. Engels) considerou a conquista do poder pelo operariado como a meta capaz de terminar com a exploração dos trabalhadores.
O marxismo defendia a abolição da propriedade privada, a nacionalização dos bens de produção e a criação de uma sociedade sem classes. Para tal, consideravam os marxistas, era necessário que o proletariado assumisse o comando político e económico (ditadura do proletariado).
O marxismo contribuiu também para a formação do materialismo histórico – concepção da história como o suceder de lutas de classes, de confrontos sociais entre opressores e oprimidos em busca da liberdade.
Um dos objectivos dos marxistas era a internacionalização do movimento operário, com a criação da Associação Internacional dos Trabalhadores (I Internacional: 1864-1876; II Internacional: 1889- 1914). Todavia, as divisões abertas no seu interior, entre marxistas, anarquistas (defendem a supressão de qualquer tipo de autoridade) e revisionistas (defendiam transformações sociais graduais e não violentas), juntamente com as tensões nacionalistas das vésperas da I Guerra Mundial (1914-18) acabaram por minar este objectivo.
O século XIX registou por todo o mundo, particularmente na Europa, um extraordinário aumento demográfico, a ponto de se falar em “explosão demográfica” (regime demográfico de transição).
O crescimento populacional (mais forte nos países de maior desenvolvimento industrial e cultural, como a Inglaterra, a Holanda e a Bélgica, seguida da França do Norte e da Alemanha) foi causado, numa primeira fase, pelo acentuado recuo da mortalidade – enquanto a natalidade permanecia elevada.
A diminuição da mortalidade é explicada fundamentalmente, pela melhoria geral das condições de vida, resultante dos seguintes factores:
* do desenvolvimento económico produzido pela Revolução Industrial e suas implicações na produção agrícola, na revolução dos transportes e no alargamento dos mercados internos;
* da melhor alimentação, o que fortaleceu o organismo humano permitindo-lhe reagir com maior sucesso às doenças e às epidemias, ainda frequentes;
* do desenvolvimento científico-técnico, que permitiu o avanço da Medicina, com progressos na farmacologia e na vacinação;
* dos progressos na higiene individual e colectiva (difunde-se o uso do sabão e do vestuário em algodão, a prática do banho torna-se mais regular e estabelecem-se redes de saneamento público).
- O século XIX foi também um século de surto urbano. Como consequência da industrialização, as cidades cresceram a um ritmo muito acelerado (em número, em extensão e em quantidade de população). O rápido crescimento urbano do século XIX é atribuído aos seguintes factores:
* ao crescimento demográfico;
* às alterações económicas provocadas pelas transformações nos campos e pela industrialização (a mecanização dos campos e as alterações no tipo de propriedade contribuem para o desemprego rural. As cidades, centros industriais e comerciais que oferecem maiores possibilidades de emprego, absorvem a mão-de-obra que o campo liberta – êxodo rural);
* ao incremento e desenvolvimento dos transportes, nomeadamente os caminhos-de-ferro;
* ao fascínio que as modernidades e as comodidades que a vida citadina parecia oferecer, pela novidade das realizações culturais e recreativas, correspondendo ao ideal de promoção social.
A concentração populacional, das indústrias, do comércio e dos serviços, nos espaços citadinos, levantou problemas de difícil resolução, problemas esses que se fizeram sentir de forma mais grave ao nível:
* da habitação: o espaço torna-se pequeno para albergar uma população que cresce rapidamente;
* da circulação: o incremento dos transportes, aliado à elevada densidade populacional, cria problemas de tráfego nas antigas ruas estreitas e sinuosas;
* do abastecimento: de água (cujo consumo exigiu novos meios de captação, tratamento e distribuição), de combustíveis e de bens alimentares;
* do saneamento e da saúde pública: a forte densidade populacional e a insuficiência de infra-estruturas de higiene e de saneamento faziam proliferar as epidemias (como a cólera e a tuberculose).
* da delinquência e do desregramento (criminalidade, alcoolismo, violência doméstica, mendicidade, prostituição), causados pela miséria extrema e pelo desenraizamento das populações que afluíam à cidade.
Os problemas sentidos pelas cidades estiveram na origem de intervenções urbanísticas que alteraram a fisionomia da cidade:
* no centro, onde se encontram os edifícios governamentais e de negócios, criam-se redes de saneamento, pavimentam-se ruas, iluminam-se essas mesmas ruas (a gás ou a energia eléctrica), abrem-se espaços verdes, constroem-se áreas de lazer e de cultura;
* os bairros adjacentes prolongam o centro, servindo de área residencial para os ricos, para as elites urbanas;
* os subúrbios, “dormitórios” dos operários, caracterizados pela insalubridade das ruas e das habitações.
- O século XIX produziu, em todo o Mundo desenvolvido, impressionantes fluxos migratórios que, embora difíceis de contabilizar com precisão, são unanimemente reconhecidos como os maiores da História.
A Europa foi o continente que registou a maior mobilidade populacional, quer dentro quer fora das suas fronteiras (“explosão branca” no mundo). Este fenómeno migratório foi favorecido pelo elevado crescimento demográfico, pelas crises económicas (desemprego e miséria), pelas perseguições políticas e religiosas às quais muitos grupos e povos foram sujeitos, pelo desejo de encontrar condições de promoção social e pela simples curiosidade científica.
Estes movimentos demográficos geraram correntes de migrações internas e de emigração.
Migrações internas:
a) deslocações sazonais: movimentos temporários de populações que percorriam várias regiões atraídas por trabalhos próprios de cada estação do ano e de cada região.
b) êxodo rural: normalmente migrações definitivas do campo para a cidade, provocadas pela introdução de práticas capitalistas nos campos e pelo desejo individual de promoção social. Envolveu sobretudo as camadas jovens, provocando enormes implicações como a diminuição da população rural, o envelhecimento da população camponesa, o atraso e estagnação do mundo rural e o rejuvenescimento e carácter mais progressivo das cidades.
Emigrações:
a) dentro do espaço europeu, a tendência verificou-se sobretudo entre os países menos desenvolvidos e os mais industrializados, embora a fuga de situações de conflito, assim como factores de ordem política e religiosa pudessem acontecer.
b) fora do espaço europeu, os EUA, país abundante em terras e oportunidades e carenciado de homens, foram o principal destino dos fluxos emigratórios europeus. No final do século, também a América Latina, em especial o Brasil, que também se debatia com falta de mão-de-obra devido à expansão da cultura do café e à abolição da escravatura, recebe massas importantes de emigrantes portugueses, espanhóis e italianos.
H. Schneider, proprietário das fábricas Creusot, justiça o papel do capital
Pensa que não é necessário dinheiro para fazer andar uma “casa” como esta? Pois bem! Quem trará esse dinheiro para a fábrica? Ao lado do director, da cabeça, há o capitalista (…), que entra com a grande quantia. É o capital que alimenta diariamente as fábricas em maquinaria aperfeiçoada; é o capital, sem o qual nada é possível, que alimenta o próprio operário. Não representa o capital uma força que deve ter a sua parte nos lucros? Não é ele o colaborador indispensável (…)? (…).
Vejamos: tenho um cavalo e você vem pedir-me que lho empreste (…). Porque pensa que eu lho havia de emprestar sem nenhuma contrapartida? Não lho emprestarei, simplesmente! Do mesmo modo, se suprimirão capital o seu lucro, não encontrará quem lho empreste, quando tiver necessidade.
HURET, J., Enquête sur la Question Sociale, 1896
A fábrica era realmente uma forma revolucionária de trabalho, com o seu fluxo lógico de processos, cada qual uma máquina especializada a cargo de um “braço” especializado, todos ligados pelo ritmo constante e desumano do “motor” e pela disciplina da mecanização. Acrescente-se a isto a iluminação a gás, a arquitectura metálica e o fumo das chaminés.
Embora os salários fabris tendessem a ser mais altos que os da indústria doméstica (…), os trabalhadores eram relutantes em trabalhar nelas, pois ao fazê-lo as pessoas perdiam aquele direito com que haviam nascido – a independência.
HOBSBAWM, Eric J., Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo, Forense, 1969
I - A partir de 1870 a indústria adopta novas manifestações na sua estrutura e nas suas formas ao ponto de alguns historiadores da economia, para qualificar a nova época que então se inicia, falarem de uma segunda revolução industrial. É a época da utilização de novas fontes de energia (electricidade, petróleo), de grandes inventos científicos (motor de explosão, telefone, corantes sintéticos, etc.) e da concentração industrial. Em contraste com a primeira, esta segunda revolução industrial é o resultado da estreita ligação da ciência e da técnica, do laboratório e da fábrica. (…)
Neste processo, a técnica teve uma participação eficaz e o laboratório converteu-se em peça indispensável do complexo industrial, que tinha que combinar o duplo aspecto – técnico e económico – da produção. O mercado competitivo, aspecto essencial do dinamismo criador capitalista, foi o propulsor da renovação técnica.
Ao vapor, motor energético da primeira revolução industrial, vêm juntar-se o petróleo e a electricidade que acabaram por lhe tirar o seu papel dominante. A electricidade já era conhecida pelas experiências de laboratório (Volta, 1780, Faraday, 1831), mas a sua utilização industrial dependia da produção a baixo custo e sobretudo da transmissão à distância (…).
Foi o francês Marcel Deprez, em 1881, quem resolveu o problema do transporte da energia utilizando um fio condutor, entre duas cidades situadas a 57 km de distância, com um rendimento de 45%. (…). O americano Edison conseguiu em 1879 fabricar a lâmpada incandescente (…). Nos transportes, a primeira locomotiva eléctrica foi construída em Berlim, em 1879, por Ernst Siemens.
A aplicação industrial do petróleo inicia-se, ao substitui, desde 1853, o azeite das lâmpadas. Em 1859 realizaram-se perfurações profundas em Oil Creek (Titusville) e Rockfeller instala em Cleveland a primeira refinaria. Começa assim a febre do ouro negro (…).
PRADA, V. V. de, História Económica Mundial, Lisboa, Civilização, vol. II, 1986, pp. 207-209 (adaptado)
II – Técnica e ciência tornam-se elementos naturais do crescimento dos países capitalistas. E os homens também evoluem: ao artífice engenhoso sucedem o investigador, o técnico e o engenheiro. (…) As grandes escolas e os institutos especializados proporcionam promoções aos jovens ao serviço da técnica industrial (…). O desenvolvimento científico e técnico será em breve perfeitamente controlado pelos empresários e utilizado por eles em função das possibilidades e das esperanças do lucro.
(…) A técnica e a ciência, servas do capitalismo, contribuem para a baixa dos preços de custo e a manutenção do lucro. Só depois as ideologias do progresso científico e do positivismo poderão dar às boas consciências burguesas os álibis mais variados e confundir lucro e civilização.
RIOUX, Jean-Pierre, A Revolução Industrial, Lisboa, Dom Quixote, 1978
I - Romantismo, revolução e nacionalismo
Aquilo que determina o florescimento ou a decadência das artes, em qualquer época, é ainda um facto muito obscuro. Contudo, não resta dúvida de que, entre 1789 e 1848, a resposta tem de se ir buscar ao impacto da dupla revolução. Se uma só frase enganadora resumisse as relações do artista e da sociedade neste período, poderíamos dizer que a Revolução Francesa inspirou o artista pelo seu exemplo, a Revolução Industrial pelo seu horror e a sociedade burguesa, que emergiu de ambas, transformou a sua própria existência e modos de criação.
Durante este período, é um facto indesmentível que os artistas eram directamente inspirados pelas questões públicas e que nelas se deixavam envolver. (…)
O elo entre as questões públicas e as artes é particularmente forte nos países em que se desenvolvia uma consciência nacional, ou em que se geravam movimentos de libertação ou de unificação nacional. Não é por mero acaso que o ressurgimento ou o dealbar das culturas eruditas nacionais da Alemanha, da Rússia, da Polónia, da Hungria, dos países escandinavos e doutras partes coincidiam – e em muitos casos seriam a sua primeira manifestação – com a afirmação da supremacia cultural da língua vernácula e do povo autóctone, contra uma cultura aristocrática cosmopolita que se servia frequentemente de um idioma estrangeiro.
É natural que tal nacionalismo tenha encontrado a sua expressão cultural mais evidente na literatura e na música, ambas artes públicas que podiam, além do mais, ir beber à poderosa herança criadora da gente comum – a língua e o folclore.
HOBSBAWM, E. J., A Era das Revoluções (1789-1848), Lisboa, Editorial Presença
II - A Arte do Romantismo
Ao varrer todos os vestígios das correntes neoclássicas anteriormente dominantes na literatura e na arte, o romantismo manifesta algo que constitui um dos signos essenciais da arte do século XIX: o espírito individualista. Afastando-se voluntariamente de todas as regras tradicionais, o romântico parece que busca o isolamento para se interrogar acerca dos mais graves problemas do homem (o do destino, o de Deus), quiçá esperançado em encontrar em si próprio revelações geniais.
Mas o romantismo pressupõe, acima de tudo, um estado de exaltação; nele não se concebe a serenidade. “Ser romântico”, disse Novalis, “é dar ao quotidiano um sentido elevado, ao conhecido, o prestígio do que desconhece, ao finito, o esplendor do infinito”.
Pressupõe, pois, um exacerbamento passional (que não é necessariamente de natureza amorosa). Já no seu último período, o século XVIII havia nutrido esse estado de espírito mediante certos elementos imaginativos que actuam sobre a alma dominada por essas tendências como um poderoso excitante. Os românticos cultivaram à larga todas as manifestações da fantasia. Uma das suas ideias fixas era a da morte, que veio a tornar-se no período do romantismo a grande obsessão. Daí o interesse pela noite, que no período pré-romântico do século anterior já aparecia como uma prefiguração da morte.
A fuga do real para o imaginário foi outro dos sintomas românticos. Sonha-se com países longínquos, e, pela imaginação, cada um se evade para o passado, em especial para a Idade Média, da qual se forjou uma ideia poética e vaga.
in PIJOAN, José, História da Arte, Lisboa, Publicações alfa, vol. 8,
O Renascimento foi um movimento de ordem artística, cultural e científica que se desenvolveu na passagem da Idade Média para a Moderna. O renascimento defende um conjunto de contrários aos valores apregoados pelo pensamento medieval, apresentando um novo conjunto de temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua época. Ao contrário do que possa parecer, o renascimento não pode ser visto como uma radical ruptura com o mundo medieval.
Documento de apoio às aulas do 8º ano
Tema: A arte Renascentista / O vaticano
Vá lá meninas.. . convidem os rapazes!
Vamos trabalhar !!!
Olá meninas,
Quero ver essa coragem para agarrarem uma festa anos 70.
Vamos pôr a escola a mexer!!!
Porque as férias do Natal estão a chegar ao fim, está na hora de voltar ao trabalho.
Alunos do 9º ano da Escola E.B. 2/3 de Nevogilde, é aqui que retomamos a matérias de História.
Quero lembrar que tinham para ler "Vinhas da Ira". Espero que tenham gostado. Quem ainda não leu, é mesmo para ler, eu não esqueci!
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