I - A partir de 1870 a indústria adopta novas manifestações na sua estrutura e nas suas formas ao ponto de alguns historiadores da economia, para qualificar a nova época que então se inicia, falarem de uma segunda revolução industrial. É a época da utilização de novas fontes de energia (electricidade, petróleo), de grandes inventos científicos (motor de explosão, telefone, corantes sintéticos, etc.) e da concentração industrial. Em contraste com a primeira, esta segunda revolução industrial é o resultado da estreita ligação da ciência e da técnica, do laboratório e da fábrica. (…)
Neste processo, a técnica teve uma participação eficaz e o laboratório converteu-se em peça indispensável do complexo industrial, que tinha que combinar o duplo aspecto – técnico e económico – da produção. O mercado competitivo, aspecto essencial do dinamismo criador capitalista, foi o propulsor da renovação técnica.
Ao vapor, motor energético da primeira revolução industrial, vêm juntar-se o petróleo e a electricidade que acabaram por lhe tirar o seu papel dominante. A electricidade já era conhecida pelas experiências de laboratório (Volta, 1780, Faraday, 1831), mas a sua utilização industrial dependia da produção a baixo custo e sobretudo da transmissão à distância (…).
Foi o francês Marcel Deprez, em 1881, quem resolveu o problema do transporte da energia utilizando um fio condutor, entre duas cidades situadas a 57 km de distância, com um rendimento de 45%. (…). O americano Edison conseguiu em 1879 fabricar a lâmpada incandescente (…). Nos transportes, a primeira locomotiva eléctrica foi construída em Berlim, em 1879, por Ernst Siemens.
A aplicação industrial do petróleo inicia-se, ao substitui, desde 1853, o azeite das lâmpadas. Em 1859 realizaram-se perfurações profundas em Oil Creek (Titusville) e Rockfeller instala em Cleveland a primeira refinaria. Começa assim a febre do ouro negro (…).
PRADA, V. V. de, História Económica Mundial, Lisboa, Civilização, vol. II, 1986, pp. 207-209 (adaptado)
II – Técnica e ciência tornam-se elementos naturais do crescimento dos países capitalistas. E os homens também evoluem: ao artífice engenhoso sucedem o investigador, o técnico e o engenheiro. (…) As grandes escolas e os institutos especializados proporcionam promoções aos jovens ao serviço da técnica industrial (…). O desenvolvimento científico e técnico será em breve perfeitamente controlado pelos empresários e utilizado por eles em função das possibilidades e das esperanças do lucro.
(…) A técnica e a ciência, servas do capitalismo, contribuem para a baixa dos preços de custo e a manutenção do lucro. Só depois as ideologias do progresso científico e do positivismo poderão dar às boas consciências burguesas os álibis mais variados e confundir lucro e civilização.
RIOUX, Jean-Pierre, A Revolução Industrial, Lisboa, Dom Quixote, 1978
Sites de Interesse
Clube BlogN
Blogues/Disciplinas
11º ano(3)
25 de abril(3)
7º ano(4)
8º ano(4)
9º ano(12)
alunos(1)
anos 20(3)
anos 70(2)
carnaval(1)
comboio(1)
cristianismo(1)
democracia(1)
estado novo(1)
feudalismo(1)
guerra fria(2)
hinos(2)
homenagem(1)
jhsaraiva(1)
lisboa(1)
lodares(1)
lousada(1)
música(1)
o gótico(1)
renascimento(2)
romantismo(1)
século xix(4)